domingo, 7 de junho de 2009

ACOMPANHE A CORRERIA DESSA DUPLA DINÂMICA

DIÁRIO DE BORDO

Nossa! Nem parece que já é a hora de entregarmos nossa pesquisa investigativa.
Corremos muito de um lado para o outro, brigamos, divergimos opiniões, questionamos os professores, rimos, tiramos foto, entrevistamos, vimos pauta cair, pauta levantar.... Ufa, quanta coisa para um reles mortal.
Mas enfim, vamos relatar um pouquinho do que vivemos nessa pesquisa insvestigativa que foi um barato e nos aguçou ainda mais a investigar sobre alvenaria estrutural.

FEVEREIRO – INÍCIO DAS PESQUISAS
Dia 25/02/09
Conversamos com Dr. Nilton Ribeiro por telefone das 14h54min até as 15h04min , advogado e um dos proprietários da RMoço Construções e empreendimentos, que constrói prédios em alvenaria estrutural, marcamos uma visita em um dos seus empreendimentos no bairro de São Miguel de dez andares, e quando o convidamos a visitar o décimo andar ele disse que não tinha coragem, pois ao venta têm-se a sensação de balanço do prédio. Disse que na praia não é seguro pelo solo arenoso .
Fonte: Nilton Ribeiro – Empreendimentos RMoço

Dia 27/02/09
Conversa com o Engenheiro Arnaldo da Construtora Anauate Chacour por telefone das 14h45min às 14h49min que constrói em alto padrão. Falou que prefere a construção convencional por ser mais segura, apesar de não ter nada contra a construção de alvenaria estrutural. Com relação à segurança da alvenaria instruiu a que procurasse informações no IPT.
Fonte: Engenheiro da Construtora Anauate Chacour

Dia 25/02/09
Por telefone das 14h40min às 14h44min falamos com a Dra Ana Luiza Pereira, Advogada e relações públicas da empresa de fundações que tem 14 anos de mercado. Ela disse que era mais seguro se construir com fundações e construções convencionais, com colunas.
Posteriormente às 15h30min, falei com o pai dela o Sr Ananias Pereira pelo telefone, que possui 30 anos de experiência no ramo de construção civil na área de solos e fundações. Ele disse que nunca construiria em alvenaria estrutural por achar muito inseguro.
Fontes: Ana Luiza Pereira e Ananias Pereira

DIA 25/02/09
Contato por telefone com o Sr Acelino Andriolo corretor de imóveis a 33 anos, as 15h45min, ele disse que não vê nenhum problema na alvenaria estrutural, caso contrário, empresas as quais ele atende como Construtora Cury, Cyrela MRV e Rossi não colocariam seus nomes em jogo por conta do lucro.
Fontes: Acelino Andriolo

Dia 23/03/09
Pesquisa no Procon. Resposta do atendente que não possui ainda noticias de reclamações sobre a alvenaria estrutural.
Arquivo e Fontes: Resposta por e-mail do atendente do Procon

Mês de Março/09
Jornal de Bairro Metropolitano em Notícias “Mercado imobiliário vive crescimento. Para 2009, as perspectivas são ótimas, serão cerca de R$ 10 bilhões de investimentos entre Caixa Econômica e Bancos Privados, e somente a Caixa será responsável por R$ 3 bilhões. Também do FGTS, o orçamento aprovado do dia 30 de Outubro de 2008 pelo curador do conselho do FGTS prevê para habitação quase R$12 bilhões segundo informações de João Crestana, presidente do Secovi – SP.”
Arquivo e Fontes: Jornal de Bairro Metropolitano em Notícias

Dia 28/03/09
Visita às 14h22min em stand de venda de um prédio sendo construído em alvenaria estrutural situado na Av. São Miguel, 1956 Penha, 2791.37.87, conhecido como Residencial Parque das Flores e foi tirada uma foto do local além de receber folder de publicidade do empreendimento no local.
Arquivo e Fontes: Fotos e Folder promocional

Dia 01/04/09
Conversa on-line com corretor de imóveis da Cury, Rafael. Ele afirmou que todos os empreendimentos da Cury são de alvenaria estrutural.
Arquivo e Fontes: site da Cury e print da conversa

Dia 2/04/09
Às 14h23min falei com o corretor de imóveis o Sr Ouro na Rua Professor Carlos Callioli s/nº altura do nº 4100 da Av. Aricanduva. É corretor da Lopes Consultoria Imobiliária que me informou sobre os preços do empreendimento e disse que os apartamentos não eram feitos em alvenaria estrutural e sim em estrutura convencional, mesmo tendo sido construídos em uma região de baixo poder aquisitivo segundo ele. O prédio está em término de construção e se chama “SPORTS GARDEN LESTE.
Arquivo e Fontes: Fotos e entrevista escrita

Dia 10/04/09
Entrevistamos um especialista em alvenaria estrutural, o engenheiro Joel Fernandes. Ele esclareceu algumas dúvidas, que foram levantadas pela professora que nos orienta no trabalho.
Arquivo e Fontes: Joel Fernandes – Filmagem

Dia 15/04/09
Entrevista com o estagiário em engenharia José Armando e com o mestre de obras Sr João de Deus, responsáveis pela construção de prédios estruturais no bairro do Aricanduva, da Technum engenharia. Eles comentaram da facilidade e rapidez da construção estrutural e de como é feito o treinamento dos pedreiros.
Arquivo e Fontes: João de Deus e José Armando – Filmagem

Dia 23/04/09
Visita às 16h10min em um stand de vendas da Construtora Cury, que constrói em alvenaria estrutural para pessoas de baixa renda e possui ISO9001/2001 e o nível “A” (MÁXIMO) do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade na Habitação (PBQP-H). Na ocasião, estavam promovendo um de seus produtos no Shoping Metrô Itaquera: o “Parque dos Sonhos” localizado na Av. PRES. TANCREDO NEVES, 3.041 no Itaim Paulista/Ferraz de Vasconcelos. Também passamos em outro empreendimento da construtora na Av. Aricanduva 9.300 em frente ao Parque do Carmo, onde tiramos fotos do stand de vendas, conversamos com o corretor o Sr Abner, que nos respondeu sobre os preços praticados no local, R$ 299,00 durante a obra e seria construído em alvenaria estrutural, levamos também do local tabela de preços e um folder ilustrativo.
Arquivo e Fontes: Fotos, entrevista escrita e folders

Mês Abril/09
O Jornal de Bairro Metropolitano em Notícias traz informações sobre o novo plano nacional da habitação Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, que prevê construção de um milhão de moradias populares, com financiamento de até 100% do imóvel e as prestações poderão ser pagas em até 30 anos.
Arquivo e Fontes: Jornal de Bairro Metropolitano em Notícias

Mês Abril/09
Jornal de Bairro Metropolitano em Notícias, traz propaganda de empreendimento Residencial Parque das Flores, na Av. São Miguel, 1956 na Penha.
Arquivo e Fontes: Jornal de Bairro Metropolitano em Notícias

DIA 22/04/09
Visitamos o Condomínio Ville de France, na Rua Crubixá, nº 236 na Penha, empreendimento da EZTEC engenharia, e o corretor de imóveis Sr. Nonô , passou os preços e disse que a construção de alvenaria estrutural era bem segura, pois os prédios tinham apenas 9 andares. Os preços praticados eram de cerca de R$ 2 mil o m² para apartamentos de 65 m².
O corretor de imóveis disse também que o empreendimento estava quase todo vendido, e que tinha somente algumas unidades disponíveis.
Arquivo e Fonte: Entrevista Escrita

Dia 05/05/09
Caderno de Negócios – Empreendedorismo do Jornal O Estado de São Paulo: Inspirado no Lego, engenheiro inova na construção civil. Ao voltar para casa após um dia de trabalho, viu seu filho, então com sete anos, brincando com blocos Lego. A cena o inspirou a criar um novo produto: tijolos de diferentes tamanhos que se encaixam perfeitamente, capazes de levantar paredes em velocidade superior à de outros métodos. Hoje, a invenção do gaúcho espalhou-se por 2,5 milhões de metros quadrados em todo país, em mais de 150 edifícios de empresas como Cyrela, EZTEC e Tecnisa.
Arquivo e Fontes: Jornal O Estado de SP

Dia 8/05/09
No Caderno de Construção do Jornal O Estado de São Paulo, Caixa Econômica Federal, ampliou prazos e limite de valor nas três linhas que oferece para construção, as mudanças foram determinadas pelo Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
Arquivo e Fontes: Jornal O Estado de SP


Dia 11/05/09
Caderno de Negócios - Investimentos Pessoais do Jornal O Estado de São Paulo: Ações de construtoras retomam alta.
Após terem sido demolidas pelo terremoto financeiro global, as empresas de construção civil estão de volta às carteiras dos investidores. Ações que chegaram a valer R$ 2,00 acumulam alta de até três dígitos este ano. Cinco empresas concentram a liquidez dos negócios na Bolsa: Cyrela, Gafisa, Rossi (as três integram o Ibovespa), além de MRV e PDG – estas duas focadas no perfil popular, a área prioritária do pacote habitacional. Outra companhia nesse nicho é a Tenda, que acumula alta de 193% até o dia 7.
Arquivo e Fontes: Jornal O Estado de SP


Dia 12/05/09
Caderno de Negócios – Habitação, do Jornal O Estado de São Paulo: “Minha Casa” ainda gera dúvidas entre as construtoras.
O programa “Minha Casa Minha Vida”, lançado pelo governo federal no fim de março, ainda provoca dúvidas entre as construtoras que esperam encontrar na baixa renda uma oportunidade de aumentar suas receitas. O superintendente da Caixa Econômica Federal em São Paulo Valter Nunes, reuniu-se com cerca de trinta construtoras em reunião organizada pela Votorantim Cimentos, está animado com o programa federal e aposta que a Caixa vai bater o recorde de orçamento para habitação para 2009.
Arquivo e Fontes: Jornal O Estado de SP

Dia 12/05/09
Caderno de Negócios – Habitação, do Jornal O Estado de São Paulo: Tata cria casa mais barata do mundo.
A empresa indiana criadora do Tata Nano o carro mais barato do mundo, anunciou que seu próximo empreendimento será construir as casas mais baratas do mundo.
Apelidadas de “Casas Nano”, o empreendimento lançado pela Tata Housing, uma das companhias do Tata Group, vai disponibilizar no mercado imobiliário propriedades a partir de 390 mil rupias, (cerca de R$ 16,3 mil), em apartamento de 26 m² e 670 mil rupias (R$ 28,2 mil) respectivamente. BBC Brasil – Londres
Arquivo e Fontes: Jornal O Estado de SP

Dia 15/05/09
Caderno de Economia do Jornal O Estado de São Paulo, Sobe custo habitacional: “se os rendimentos das letras imobiliárias e das cédulas hipotecárias passarem a ser submetidas a taxação equivalente à da caderneta de poupança, o aumento de custo acabará sendo repassado para a ponta do financiamento. Enfim, as decisões do governo concorrem para elevar o custo do crédito habitacional num momento em que o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, lançado no fim de março como prioridade do presidente Lula, ainda não decolou”.
Arquivo e Fontes: Jornal O Estado de SP

Dia 16/05/09
Entrevista com os engenheiros Eduardo Wohlers e Joel Fernandes e o arquiteto Dinaldo José Neves. Eles falaram da alvenaria estrutural, vantagens e desvantagens.
Arquivo e Fontes: Eduardo Wohlers, Joel Fernandes e Dinaldo J. Neves - Filmagem

Dia 16/05/09
Caderno Mercado Aberto da Folha de São Paulo: “em 28 dias de operação do Programa Nacional do Governo Federal, Minha Casa, Minha Vida, só dez empreendimentos foram contratados, de acordo com o balanço da Caixa Econômica Federal, totalizando 1730 unidades habitacionais, que correspondem a 0,17% da meta do governo de um milhão de moradias. O governo previu R$ 34 bilhões de investimentos e estavam em análise junto à Caixa, apenas R$ 48,3 milhões”.
Arquivo e Fontes: Jornal Folha de SP

Dia 17/05/09
Caderno quatro de Imóveis do Jornal Folha de São Paulo: “Minha Casa, Minha Vida dará o tom da maioria dos novos imóveis à venda. São 28.422 unidades enquadradas no programa. Mesmo com valor médio dos bens novos de R$ 141 mil, há ofertas de até R$ 1,17 milhão. Não haverá cadastro de famílias de renda mensal inferior a três salários mínimos no programa do governo.
Arquivo e Fontes: Jornal Folha de SP

Dia 19/05/09
Entrevistamos Carolina Ferretti, moradora há 3 anos em um prédio de alvenaria estrutural. Ela relatou seu desconforto quando soube que um morador havia retirado uma parede, numa reforma do apartamento.
Arquivo e Fontes: Carolina Ferretti – Filmagem e entrevista escrita

Dia 03/06/09
Falamos novamente com Dra Ana Pereira Araujo da empresa de fundações, sobre contratos, ela disse que não tratava de contratos de clientes físicos, e sim apenas de contratos com as empresas que presta serviço. Reiterou também que seu ponto de vista com relação à alvenaria estrutural continuava a mesma, e que nunca compraria um apartamento construído em alvenaria estrutural, por conhecer os riscos.
Arquivo e Fontes: Ana Pereira – entrevista escrita

Dia 05/06/09
Às 13h21min, liguei para o empreendimento Micenas Incorporação e Vendas através do telefone, falei com a Sra. Oneide Maza corretora de vendas da Micenas Incorporação e Vendas, responsável pelas negociações e ela disse que a construção era segura mesmo tendo 13 andares, mas que o cliente não poderia mexer em algumas paredes para reforma por conta da segurança da construção.
Arquivo e Fontes: Oneide Maza – corretora de imóveis

Dia 05/06/09
Às 11h30min falamos por telefone, com o Sr Jacques da Jacknyl Participações, ele falou que não constrói em baixo padrão por não ser especializado neste tipo de empreendimento, prefere médio padrão.
Arquivo e Fontes: Jacques da Jacknyl Participações – entrevista escrita

Dia 05/06/09
Conversamos novamente por telefone com a corretora Oneide Maza, que reiterou em suas palavras a segurança da construção em alvenaria estrutural, mas ressalvou que o cliente não pode mexer em qualquer parede por conta de problemas estruturais do condomínio.
Arquivo e Fontes: Oneide Maza – entrevista escrita

quinta-feira, 21 de maio de 2009

ESTÁ CHEGANDO A HORA

Hoje a professora Bernadete já definiu a data da entrega do trabalho, finalmente está chegando a hora.
Montaremos páginas de revistas e acreditamos que será bem legal.
Estamos pesquisando ainda muita coisa sobre alvenaria estrutural, parece não mais ter fim, e quanto mais aprofundamos a investigação, mais vontade temos de pesquisar.
Gostaríamos de continuar esse assunto no próximo semestre, mas quem sabe!
A aula da professora Adriane também está bem legal, agora estamos colocando a mão na massa mesmo, desenvolvendo textos, pesquisando notícias e tentando identificar a qual gênero corresponde.
Ufa! Às vezes parece que conseguimos de imediato identificar o gênero, mas não é tão fácil não, porque todos são bem parecidos.
É, vamos ver no que vai dar.
Esperamos fazer um excelente trabalho!

Equipe A Casa Caiu

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Engenheiro civil se inspira no Lego para criar novos produtos

O engenheiro civil Valério Dornelles, ao ver seu filho brincar com lego, teve a idéia de desenvolver uma nova modalidade na construção civil.
Criou um sistema industrializado de construção de paredes quase duas vezes mais rápido que o método tradicional.
Assista no youtube uma entrevista com o engenheiro Valério Dornelles.


http://www.mefeedia.com/entry/entrevista-com-val-rio-dornelles-presidente-da-tecno-logys/11145552/

terça-feira, 21 de abril de 2009

Construção criou mais de 16 mil postos de trabalho em março


Setor foi superado em número de contratações apenas pelos serviços de comércio e de administração de imóveis
16/Abril/2009

Por Rafael Frank

O setor da construção civil abriu 16.123 postos de trabalho em março. O resultado é o terceiro melhor registrado pelo setor da construção civil no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) para o mês. Os dados foram divulgados no dia 15 de abril pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).

O levantamento acompanha oito setores, sendo que seis registraram saldo positivo de admissões em março. O setor de serviços foi que mais se destacou com a abertura de 49.280 vagas, impulsionado por serviços de comércio e administração de imóveis (+16.956 empregos) e educação (+19.143 vagas). Apesar dos resultados positivos na maioria dos setores, a indústria de transformação (-35.775 postos) e o comércio (-9.697 postos) puxaram o indicador para baixo.

Assim, o país criou no total 34.818 empregos formais em março. Foram 1.419.511 admissões e 1.384.693 dispensas no mês. Esse é o pior resultado desde março de 2003, quando foram criados 21.261 empregos no Brasil. De janeiro a março deste ano, o Caged acumula saldo negativo de 57.751 postos de trabalho. O período também foi o segundo mês consecutivo em que a criação de vagas superou os desligamentos de pessoal.

http://www.piniweb.com.br/construcao/carreira-exercicio-profissional-entidades/construcao-criou-mais-de-16-mil-postos-de-trabalho-em-131835-1.asp

Alvenaria estrutural sem segredos



Alvenaria estrutural sem segredos


Entrevista:

Marcio Antonio Ramalho e Márcio Roberto Silva Corrêa


Ramalho é professor de graduação e pós-graduação de alvenaria estrutural e análise de estruturas de concreto da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. Responsável por diversas palestras na área de alvenaria estrutural, Ramalho foi ainda membro da comissão executiva da NB-1 e é diretor do subcomitê de alvenaria estrutural de blocos de concreto do CB-2 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Corrêa tem pós-graduação pela Universidade de Newcastle, Austrália, e também leciona as disciplinas de alvenaria estrutural e análise de estruturas de concreto pela USP-São Carlos, além de resistência dos materiais. Juntos, Ramalho e Corrêa escreveram o livro "Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural", lançado em maio pela Pini.


Apesar do aumento do número de obras com alvenaria estrutural, o Brasil ainda estaria aprendendo a utilizar esse sistema construtivo. Essa, pelo menos, é a opinião de Márcio Corrêa e Marcio Ramalho. De acordo com eles, a escassez de literatura sobre o assunto, a falta de experiência de técnicos e operários, a inadequação de parte dos materiais empregados e até a ausência de uma norma específica sobre a técnica colaborariam para a demora na implantação mais efetiva desse método. O cenário só teria mudado no momento em que as construtoras, pressionadas a baixar os custos de produção, se viram obrigadas a quebrar o ciclo. "Era uma situação contraditória, já que o sistema possibilita uma redução de até 25% do custo de estrutura em um edifício de oito pavimentos", afirma Corrêa, citando dados de uma construtora que empregou muito esse tipo de estrutura. Mas eles mesmos admitem a existência de algumas dificuldades para a disseminação do método. O fato de a alvenaria estrutural exigir uma grande integração de projetos seria um dos motivos, por prolongar a fase antes da execução. "Além disso, o construtor deve ter muito controle sobre os materiais que está usando na obra", diz Ramalho. "Por isso, a alvenaria estrutural só entrou de forma mais sistemática no mercado quando o custo falou mais alto", completa.


Os senhores argumentam que a alvenaria estrutural se adapta a certas necessidades de países em desenvolvimento como o Brasil. Isso quer dizer que essa tecnologia deve ser vista aqui de forma diferente de como é vista na Alemanha, França ou Estados Unidos?


Ramalho - Em alguns países a alvenaria estrutural é adotada de forma restrita a determinados tipos de construção. Na Europa, por exemplo, não se vêem edifícios de alvenaria de 15 pavimentos para uso residencial. As pessoas lá não aceitam morar em edifícios de muitos pavimentos por diversas razões, entre elas a preocupação com incêndios, por exemplo.


Entretanto, acho que poderíamos considerar isso como uma questão não apenas cultural, mas técnica também. Há ainda outras diferenças.Quais?


Ramalho - O lado econômico pesa mais. O custo da mão-de-obra norte-americana é oito a dez vezes maior do que a brasileira. No entanto, a produtividade deles é algo em torno de 2,5 vezes a do operário brasileiro. Nós podemos usar muito mais mão-de-obra do que eles, sem comprometer o custo do empreendimento. Já nos Estados Unidos, o preço alto da mão-de-obra faz com que eles tenham que desenvolver processos mais industrializados. De qualquer forma, a alvenaria estrutural é interessante ao Brasil porque exige a racionalização da obra, reduz perdas e gera economias significativas. No médio prazo, usaremos cada vez mais a alvenaria estrutural. Talvez as habitações passem, em um primeiro momento, a combinar alvenaria estrutural com paredes internas de gesso acartonado. Só mesmo em um futuro mais distante é que substituiremos os painéis em alvenaria por opções industrializadas. De qualquer forma, acredito que o concreto armado convencional se limitaria a obras especiais, com concepções muito específicas. Nos edifícios residenciais usuais, acredito que a alvenaria estrutural deve responder por um percentual muito elevado do número total das obras.


De que forma a alvenaria estrutural racionaliza a obra?


Ramalho - Em obras de estruturas de concreto armado tradicional, os serviços necessitam ser realizados por diferentes equipes e profissionais especializados: montagem de fôrmas, montagem e colocação das armaduras e concretagem. Depois, ainda devem ser executadas as alvenarias de vedação. A alvenaria estrutural é mais racional, pois quase tudo é alvenaria. A laje de concreto, mesmo quando moldada in loco, utiliza uma fôrma plana e uma armadura muito fácil de ser colocada. Ou seja, não são necessários profissionais especializados. A obra só vai necessitar do acabamento, que será facilitado, pois não há interfaces entre a estrutura e a vedação. Outro detalhe importante é que a alvenaria estrutural não permite alterações nas paredes já executadas, como, por exemplo, aberturas para passagem de dutos. Então, o sistema construtivo praticamente obriga o construtor a integrar projetos desde o início.


E como casar projeto e execução de forma que não exista necessidade de retrabalhos?


Corrêa - No caso da alvenaria estrutural, o construtor é obrigado a realizar a modulação em planos horizontais e verticais, organizando as peças, definindo as distâncias, marcando e estabelecendo referências. Não é recomendável improvisar no momento da execução. Imagine, por exemplo, se alguém esquece de colocar uma tomada elétrica em uma cozinha. Em uma estrutura convencional, um operário corta a parede e insere o duto, desperdiçando tempo e material, o que, na alvenaria estrutural não é recomendável. Prever o embutimento de dutos, na verdade, deveria ser prática com qualquer sistema construtivo. A alvenaria estrutural reforça essa necessidade, pois cortar uma parede significa cortar a estrutura, interrompendo possíveis trajetórias de forças.


Além da precisão do projeto, a alvenaria estrutural, como diversos outros sistemas, exige insumos de qualidade bastante controlada. Em que estágio a construção brasileira está nesse aspecto?


Corrêa - Há muito a ser feito. Temos problemas na fabricação de blocos, na definição e na capacidade de produção de peças de resistências mais elevadas. Algumas argamassas industrializadas para alvenaria estrutural também não atingiram a resistência à compressão e aderência desejáveis. A mão-de-obra, por sua vez, é maltreinada para esse sistema, e até mesmo engenheiros desconhecem o conceito. Em algumas regiões do País executa-se alvenaria de vedação como alvenaria estrutural. É o caso do emprego de blocos cerâmicos com furos na horizontal. O risco é enorme e já ocorreram desabamentos. Ramalho - Quanto a isso, é de ressaltar que em algumas cidades brasileiras, no Recife, por exemplo, há conjuntos habitacionais inteiros condenados por não satisfazerem condições mínimas de segurança. São centenas, ou mesmo milhares, de apartamentos condenados pela utilização inadequada do sistema.


Quanto à qualidade dos blocos, por que não se atingem resistências mais elevadas?


Corrêa - Em blocos de concreto existe uma regra muito simples e eficiente para uma primeira estimativa da resistência de bloco necessária em um edifício. Consiste em considerar 1 MPa de resistência de bloco de 14 cm de espessura para cada pavimento. Cabe lembrar que a resistência mínima exigida pelas normas brasileiras é de 4,5 MPa. Assim, para um prédio de 16 pavimentos seria necessário um bloco de concreto de resistência à compressão de 16 MPa. O problema é que não são todos os fabricantes que conseguem produzir blocos com essa especificação, devido às limitações dos equipamentos empregados quanto à energia de compactação e vibração necessária para gerar esse tipo de bloco. Antes de especificar, é aconselhável uma minuciosa consulta na região próxima à da obra, para verificar a disponibilidade do bloco necessário.


Outro item citado como causador de transtornos é a argamassa. Não há boas argamassas no mercado?


Corrêa - A experiência de algumas construtoras tem mostrado que, dependendo do fornecedor, as argamassas apresentam falta de uniformidade, além de inadequada condição de aderência. Muitas vezes, o construtor adquire uma determinada argamassa com a expectativa de atingir uma certa resistência indicada pelo fabricante. Quando os corpos de argamassa são levados ao laboratório, percebe-se que a resistência alcançada está muito abaixo da desejada, e com a agravante de um alto coeficiente de variação, o que traduz a sua falta de uniformidade.


E que resistência seria adequada?


Corrêa - Pela NBR 10837, que regulamenta o cálculo de alvenaria com blocos de concreto, a resistência mínima é de 5 MPa, embora nós saibamos que valores um pouco menores possam ser empregados em edificações de pequeno porte, como em países com forte tradição em alvenaria como a Inglaterra e a Austrália. De qualquer forma, a rigor, não se poderia utilizar nenhuma argamassa com resistência à compressão inferior a 5 MPa. Ramalho - Outro ponto a ser destacado quanto às argamassas é a aderência, uma característica também muito importante. Nós já tivemos problemas desse tipo até aqui em nosso laboratório, perdendo ensaios por causa da falta de aderência. Prismas que haviam sido montados romperam quando eram manuseados para se fazer o capeamento.


A crescente procura pela alvenaria estrutural mobilizou os fornecedores a atender às necessidades dos construtores?


Ramalho - Sim, mas o alcance dessa industrialização não chegou a um ponto adequado. Quase todos estão tentando aprimorar seus produtos, e muitos têm conseguido resultados expressivos. No entanto, ainda existem regiões brasileiras nas quais se necessitaria um maior desenvolvimento, um maior profissionalismo.


Um terceiro aspecto mencionado foi o treinamento da mão-de-obra, que ainda seria inadequado. O que é preciso fazer?


Corrêa - Pode-se minimizar um pouco o problema com o uso de ferramentas especiais. Para executar alvenaria são comuns os níveis de bolha para se verificar a condição plana e o prumo das paredes, algo mais importante na alvenaria estrutural do que na de vedação. O uso de escantilhões contribui para ajustar a posição relativa de paredes perpendiculares e estabelecer referências para o lançamento das fiadas. São pequenas medidas que facilitam o trabalho dos operários. Ramalho - Uma argamassadeira, por exemplo, ao lado das paredes que estão sendo executadas ou mesmo a aplicação da argamassa com bisnagas pode ser bastante interessante, mas tudo isso exige uma adaptação do operário. De qualquer forma, a nossa mão-de-obra melhorou muito nos últimos cinco anos.


Quais as patologias mais comuns em alvenaria?


Ramalho - As fissuras provocadas por tensões de tração são muito comuns. Podem ocorrer junto a aberturas, onde o fluxo de tensões acaba sendo desviado, ou em posições em que efeitos externos provocam as referidas trações. Nesse segundo caso, uma das patologias mais preocupantes ocorre junto à laje de cobertura. Efeitos térmicos provocam aumento e diminuição das dimensões dessa laje, levando a movimentações que podem afetar seriamente a alvenaria. Se não se tomar um cuidado especial com esse ponto, as fissuras serão praticamente inevitáveis.


E quais seriam esses cuidados especiais?


Ramalho - Proteger a laje de variações muito expressivas de temperatura, reduzir as dimensões utilizando juntas de concretagem e providenciar uma separação entre a laje e as alvenarias que lhe dão suporte. Além disso, é necessário pensar na junta que existirá entre a parede e a laje, pensando no ponto de vista estético e na vedação. Assim, providenciar um detalhe de fachada que disfarce a existência da fissura e um material elástico que garanta a estanqueidade são providências fundamentais. Se considerarmos que essa fissura vai ocorrer, de uma maneira ou de outra, é bom trabalhar com a possibilidade desde o projeto.


Há alguma patologia ligada à qualidade dos blocos e argamassas?


Ramalho - A mais comum é a retração desses materiais.A cura do bloco, por exemplo, é muito importante. Se a cura for deficiente, o seu desempenho futuro certamente será prejudicado, podendo fissurar excessivamente. Além disso, não se pode deixar os blocos armazenados sob sol e chuva e assentá-los ainda úmidos, por exemplo. As fissuras se distribuirão por toda a edificação. É claro que isso nada tem a ver com o aspecto estrutural em si, mas é uma patologia significativa. O mesmo pode ocorrer com a argamassa se a aderência, por exemplo, não for suficiente. A ligação entre os blocos não é suficiente e as fissuras vão aparecer.


Os senhores se referiram muito a edifícios residenciais, mas acham que o sistema se adapta a edifícios comerciais, que necessitam ter vãos maiores?


Ramalho - Sim, desde que se utilizem paredes mais resistentes e lajes mais espessas de forma a conseguir vencer vãos maiores. Isso dará maior liberdade ao arranjo arquitetônico, permitindo inclusive que esse arranjo possa ser modificado posteriormente, desde que não sejam alteradas as paredes estruturais.


Pode-se vencer vãos de que tamanho?


Corrêa - Isso é muito difícil dizer porque depende de cada caso e a limitação, a rigor, não está relacionada à alvenaria. Outro ponto importante refere-se à altura que as paredes podem ter. A norma brasileira de cálculo de alvenaria de blocos de concreto diz que não se pode ter uma razão entre a altura efetiva da parede e sua espessura superior a 20, no caso da alvenaria não-armada. Então, com blocos tradicionais de 14 cm, o pé-direito fica limitado a 2,80 m, o que para edifícios residenciais não é um problema. Já no caso dos edifícios comerciais e industriais, onde se pode ter a necessidade de utilizar maiores pés-direitos, outras providências devem ser adotadas, como, por exemplo, utilizar paredes de maior espessura, aumentar a espessura efetiva com enrijecedores, adotar a alvenaria armada, em que a razão altura por espessura pode atingir o valor 30, ou, até mesmo, utilizar paredes duplas em seções compostas do tipo H.Ramalho - A limitação é basicamente da laje, não da alvenaria em si. Com uma laje suficientemente rígida seria possível chegar a 9 m, por exemplo, sem grandes problemas. Principalmente para edifícios com um número de pavimentos não muito elevado isso é verdadeiro. Quando a edificação tiver muitos pavimentos podem começar a ocorrer problemas de resistência para as paredes, já que as tensões de compressão atuantes podem ser bastante significativas. Mas, se o edifício não for muito alto, o limitador é a laje, ou seja, é uma limitação que existe na alvenaria, no concreto armado e em qualquer solução.


A adoção de estruturas mistas, com concreto armado e alvenaria estrutural é viável?


Ramalho - Em alguns casos já se adota essa solução. Há duas alternativas principais. A primeira é interromper totalmente a alvenaria estrutural em um determinado nível e, a partir daí, descer o restante da estrutura em concreto armado. É o que costumamos chamar de associação na vertical. Outra opção é usar estruturas realmente mistas, com alvenarias estruturais e estruturas de concreto armado trabalhando lado a lado num mesmo pavimento. Isso, evidentemente, não é muito recomendável se considerarmos muitos níveis, porque a alvenaria estrutural e o concreto armado têm rigidez e comportamento um pouco diferentes. Mas, se a alvenaria utilizada juntamente com o concreto for suficientemente armada para ter características elásticas semelhantes, é perfeitamente possível chegar a três ou quatro pavimentos com essa associação que costumamos chamar de horizontal.


Quais são essas diferenças de comportamento?


Corrêa - Não há diferenças nas lajes, que estão presentes nos dois sistemas. Basicamente, os outros elementos em uma estrutura de concreto armado, vigas e pilares são lineares, isto é, têm uma dimensão preponderante sobre as outras duas. No caso das paredes de alvenaria há duas dimensões que são preponderantes sobre uma terceira, que é a espessura. Nesse caso, as peças estruturais são elementos planos, chamados folhas ou placas, acionadas principalmente por forças no seu próprio plano. Assim, as paredes de alvenaria têm um comportamento mais complexo do que as estruturas lineares de vigas e pilares.Ramalho - Uma diferença importante é a flexão, esforço principal nas vigas e quase inexistente na alvenaria, que trabalha basicamente à compressão. Por causa disso, a probabilidade de se ter uma deformação excessiva em uma viga de concreto armado é obviamente muito maior do que em uma parede de alvenaria. De fato, atualmente se verificam muitas patologias em alvenarias de vedação, em edifícios de concreto convencional, causadas por deformações na estrutura de concreto.


Como fazer uma interface que integre estruturas com comportamentos tão diferentes?


Ramalho - Um efeito muito importante - e muitas vezes ignorado - nessa interface é o efeito arco, uma tendência que a alvenaria tem de concentrar as tensões sobre os apoios ou as regiões mais rígidas da estrutura de suporte, formando uma espécie de arco que converge para esses pontos. O assunto provoca discussões grandes, pois, caso não seja levado em consideração, o projetista pode imaginar um carregamento na sua estrutura de suporte muito maior do que o real, deixando de considerar, por outro lado, concentrações de tensões na alvenaria. Entretanto, é muito importante ressaltar os dois lados dessa questão. Não se pode considerar apenas o alívio que o efeito arco produz sobre as peças de suporte, no caso, vigas de concreto, esquecendo de se considerar o outro lado dessa questão, ou seja, a concentração de tensões na alvenaria. Então, é necessário um modelo que leve em conta esses dois aspectos: o alívio sobre a estrutura de concreto e as concentrações de tensões para os painéis de alvenaria.


Quais as conseqüências práticas desse efeito?


Ramalho - Podem ser tanto econômicas como de segurança. Se o efeito for simplesmente desconsiderado isso pode levar a um superdimensionamento da estrutura de suporte, ocasionando desperdício em materiais e mão-de-obra. Mas se o efeito for malconsiderado, a conseqüência pode ser a obtenção de uma estrutura que não satisfaça aos requisitos de segurança necessários. Existem alguns detalhes, por exemplo, aberturas ou vigas que se apóiam em vigas, que modificam totalmente a formação dos arcos, ocasionando diferenças enormes entre os resultados corretos e os obtidos por meio de procedimentos muito simplificados. Por exemplo, considerar apenas um ou dois pavimentos sobre a estrutura de transição, imaginando que a carga proveniente dos pavimentos restantes vá diretamente para os apoios. Isso é simplesmente um absurdo, e o projetista perderá completamente o controle sobre os níveis de segurança para as peças da estrutura de suporte.


E qual o modelo adequado para a análise dessa estrutura?


Ramalho - Essa questão está sendo discutida e deve demorar para ser resolvida. Nós estudamos a utilização de modelos em elementos finitos para o conjunto formado pelo pavimento de transição e as paredes estruturais que estão imediatamente acima dessa estrutura. Isso produz uma estimativa muito boa para os arcos e resultados bastante seguros tanto para a alvenaria como para a estrutura de suporte. O problema é a complexidade do modelo, que certamente exigirá geradores de dados eficientes sob pena de se inviabilizar o processo.


Às vezes é possível encontrar empreendimentos residenciais de alto padrão com alvenaria estrutural cujas construtoras oferecem várias opções de plantas aos compradores. Que medidas de projeto permitem essa flexibilidade?


Ramalho - Definir as paredes estruturais e liberar as demais para modificações é uma medida básica. O projetista define a estrutura de suporte do edifício, e o restante são apenas divisórias que podem ser executadas com alvenaria não-estrutural ou painéis de gesso acartonado. Isso é mais conveniente do que modificar o posicionamento de paredes estruturais de um pavimento para o outro, medida tecnicamente viável, mas antieconômica.


Ubiratan Leal


Livro "Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural"



segunda-feira, 30 de março de 2009

Zona Leste X Zona Sul



Cada vez mais estou me surpreendendo com as pesquisas que estamos realizando sobre prédios construidos em alvenaria estrutural (sem colunas).


Um engenheiro civil me informou que para as pessoas pertencentes a classe alta da sociedade, esses prédios feitos em alvenaria estrutural são inviáveis, pois essa classe tende a realizar mudança na estrutura interna do apartamento com frequencia, o que não é permitido na estrutura já citada, então as construtoras, sabedoras dessa atitude, somente constroem prédios com estrutura em colunas.


E ontem ao passear por S.Paulo, pude confirmar a informação dada pelo engenheiro e perceber nitidamente que enquanto na Zona Leste da capital há grande variedade de prédios em alvenaria estrutural sendo levantados, na zona Sul, todos os prédios possuem colunas e vigas.


Será que essas pessoas que pretendem adquirir um apartamento na Zona Leste de São Paulo, sabem que o prédio foi construído em alvenaria estrutural e que não poderão nunca mudar sequer um bloco do lugar, porque pode colocar em risco toda a estrutura do prédio?


Muitas dúvidas ainda teremos que esclarecer.


Hoje a nossa equipe irá entrevistar moradores dos prédios já construidos em alvenaria estrutural para saber sua opinião sobre a estrutura do prédio.


E vamos a luta!!!!



(Foto dos prédios que estão sendo construídos na região da Penha, Zona Leste de São Paulo)


Erica.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Defesa Civil interdita mais um prédio em Recife


Leticia Lins


Publicada em 20/10/2008 às 17h05m


RECIFE - Mais um prédio foi interditado na região metropolitana de Recife. Dessa vez na cidade de Olinda, na mesma rua onde já havia ocorrido um desabamento, que deixou mortos e feridos. Quatro famílias do edifício Gênese deixaram o prédio na madrugada desta segunda-feira, devido a estalos na estrutura do prédio.
A Defesa Civil de Olinda está sendo aguardada para vistoriar o prédio. Cerca de 10% dos moradores do Grande Recife residem em prédios do tipo caixão (sem pilotis). São 2. 276 construções do tipo, dos quais 1.333 têm riscos avaliados como altos ou muito altos.
Os problemas na Justiça são tantos com reclamações de moradores, que na semana passada o Tribunal de Justiça de Pernambuco criou um mutirão para agilizar os processos.
Há 250 processos contra construtoras e agentes financiadores tramitando no TJ-PE devido a esse problema. Eles são provenientes dos municípios de Paulista, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Recife.
De acordo com os moradores do Gênese, depois do barulho, eles constataram afundamento de ate dez centímetros no assoalho dos apartamentos.
No estado já foram registrados mais de dez desabamentos de edifícios, inclusive de classe média alta, como o Areia Branca, que caiu em Piedade, praia localizada no município de Jaboatão dos Guararapes, a 20 quilômetros do Centro de Recife.
Mas a maior parte dos que caíram é formada de prédios do tipo caixão.