segunda-feira, 16 de março de 2009

Alvenaria estrutural X Estrutura reticulada


Construtora optou por sistema com menos etapas de execução


Por Ana Paula Rocha / Apoio de Engenharia: Fernando Benigno
Guia da Construção



Para a superestrutura do empreendimento Residencial dos Mares, localizado em São Bernardo do Campo, interior de São Paulo, a construtora Ipoã determinou como fatores decisivos o custo e o prazo de execução ao comparar a estrutura reticulada em concreto armado ou a alvenaria estrutural. Depois do estudo, ganhou a segunda opção.

De acordo com a engenheira Erika Fortes, responsável pela obra, a alvenaria estrutural permite que diversas etapas da obra sejam feitas simultaneamente, além de dispensar as fôrmas, utilizar menos aço, acumular menos entulho e necessitar de menos mão-de-obra para a execução. Na estrutura reticulada em concreto armado, cada etapa, como a colocação dos blocos de vedação e a instalação da rede elétrica do empreendimento, depende da outra para começar a ser feita, o que aumenta o prazo de execução do serviço e, conseqüentemente, os gastos com a mão-de-obra.

Outra vantagem da alvenaria estrutural, segundo a engenheira, é a maior regularidade da fachada. “Como os blocos de concretos estruturais utilizados nesse sistema são mais uniformes, o resultado final é melhor, ganhando-se tempo na regularização das paredes externas e internas”, afirma.

No entanto, como todo sistema, a alvenaria estrutural também tem suas desvantagens. “O proprietário não pode modificar as paredes estruturais como na estrutura reticulada, que permite essas alterações desde que sejam respeitados as vigas e pilares”, conta a engenheira. “Na alvenaria estrutural também é preciso ter controle tecnológico de mais materiais, como o bloco, a argamassa e o grout, que é feito por ensaios dos prismas ocos e cheios”, explica.

Apesar disso, a economia com materiais de construção e o tempo menor para a execução do serviço foram mesmo os principais fatores considerados pela construtora. “Optamos pela alvenaria estrutural por apresentar uma redução de 6,68% no custo total da superestrutura. Além disso, foram executados três pavimentos por mês com esse sistema, enquanto que na estrutura reticulada seriam dois pavimentos por mês”, afirma.

Construtoras

Lucro das construtoras dispara

Patrícia Cançado
O Estado de S.Paulo
O caso da Cyrela, maior companhia imobiliária do País, é emblemático. Ontem, ela divulgou um lucro 187% superior ao do terceiro trimestre de 2006. No acumulado de janeiro a setembro, os ganhos dobraram em relação a 2006 e atingiram R$ 330,7 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), indicador que mede a capacidade de geração de caixa de uma companhia, cresceu nada menos que 318%.
Nesse setor, o lucro não é a melhor forma de medir o desempenho das empresas. Ao contrário dos bancos ou de uma indústria tradicional, o ciclo do negócio é mais longo. Os ganhos que elas têm hoje também são resultados de lançamentos feitos há dois ou até três anos. Mas o crescimento do lucro não deixa dúvida: o ritmo dos negócios mudou radicalmente.
As empresas estão lançando mais produtos, vendendo mais rápido e com menos custo. “O mercado ganhou uma escala diferente. E o principal facilitador dessa situação é o aumento do financiamento”, diz o gerente de relações com o investidor da Gafisa, Bruno Teixeira. “Muitas empresas que antes faziam lançamentos de R$ 80 milhões, agora, com abertura de capital, chegam a R$ 1 bi.” Cálculos da Cyrela prevêem que os lançamentos podem chegar a R$ 50 bi, 40% a mais que em 2007. Só as empresas listadas na Bolsa podem despejar projetos de mais de R$ 30 bi no próximo ano.
Segundo levantamento feito pelo núcleo de Real Estate da Poli/USP, a capacidade de investimento das empresas ficou oito vezes maior nos últimos dois anos. “Com todo esse dinheiro entrando, é natural que os lucros venham bons. Eles só seriam ruins se o foco das empresas estivesse errado. E parece que esse não é o caso”, afirma o professor da Poli/USP, João da Rocha Lima Jr.
Ainda é cedo para dizer se as empresas continuarão com resultados muito acima da média dos outros setores. A tendência desse negócio é ganhar ainda mais escala. Os financiamentos imobiliários representavam apenas 2% do PIB em 2006. As empresas trabalham com cenário otimista: porcentuais entre 10% e 15% em cinco anos.
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Alvenaria

Tenho pesquisado diversas teses no que refere a construção civil principalmente sobre o tema proposto no trabalho: Alvenaria Estrutural.
Ao meu ver a maior problemática não é apenas descobrir um tema interessante, mas sim responder às diversas perguntas sobre as dúvidas surgidas com aprofundamento da pesquisa.
Máximo.

Diário de Bordo



Os estudos têm sido intensos pra mim.


Já li alguns livros, pesquisei muitos materiais, aprendi algumas coisas interessantes, mas há algumas dúvidas “jornalísticas” que ainda estão no ar.


Como por exemplo fazer a pauta!!!! Nossa que coisa difícil gente!!!!


O bom de tudo é que talvez eu saia formada em duas graduações: Jornalismo e Engenharia Civil…rsss


Erica.

Prédio Ecológico

Caixa d'água estoura e inunda prédio 'ecológico' no Butantã


Água entrou em vários apartamentos e inundou o elevador; outras três caixas d'água se tornaram preocupação.

Solange Spigliatti, do estadao.com.br


SÃO PAULO - Os moradores do Edifício Ecolife Cidade Universitária, localizado no Butantã, na zona oeste de São Paulo, levaram um susto na madrugada desta quinta-feira, 12. Duas caixas d'água de 15 mil litros cada, de uma das duas torres do condomínio, estouraram, formando uma cachoeira que desceu pelas escadas do prédio. A água entrou em vários apartamentos, principalmente os que ficam próximo ao topo do edifício, que possui 15 andares. Ninguém ficou ferido.
Érika Stato, de 24 anos, moradora do 8º andar, relatou que por volta da 1h30 desta quinta, houve o estouro e a água começou a cair em cascata pelo prédio. "O gesso caiu do teto do banheiro de um apartamento, o elevador ficou totalmente inundado, além de muita sujeira, como pedaços de concreto, que desceu junto com a água", relata.
Funcionários da empresa Ecoesfera Empreendimentos Sustentáveis, responsável pela construção do prédio, foram ao local e levaram alguns dos moradores para vistoriar o telhado, onde estavam as caixas d'água. "Vimos que uma das caixas, feitas de fiberglass, estourou e acabou quebrando a outra", explica Érika. "Os moradores estão apreensivos, pois ao lado ainda estão outras três caixas d'água."
De acordo com a assessoria de comunicação da Ecoesfera, os técnicos ainda não tinham informações sobre o que teria causado o estouro. Eles iriam analisar todos os danos causados pela água e registrar quais os apartamentos atingidos. De acordo com a assessoria da empresa, todos os danos serão ressarcidos.
Engenheiros da Subprefeitura de Butantã foram ao local no fim da manhã para verificar se a queda da água casou danos à estrutura do prédio e se haveria necessidade de interdição do imóvel, segundo a subprefeitura.
Ecológico
O prédio, entregue aos moradores no ano passado, é considerado como "ecológico", por garantir aos moradores sete itens de sustentabilidade. De acordo com a Ecoesfera, o condomínio oferece aos moradores uma estação de tratamento de água e esgoto, pomar e herbário, aquecimento a gás, água filtrada em todos os pontos de água, captação de água da chuva, coleta seletiva de lixo e sensor de presença nos corredores.
A empresa foi criada em agosto de 2004, em São Paulo, e se tornou um dos membros da U.S. Green Building, organização sem fins lucrativos, responsável pela certificação de edificações ambientalmente sustentáveis. Atualmente possui empreendimentos em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Campinas e em Ribeirão Preto.